14 de outubro de 2008

A ÉTICA NAS UNIVERSIDADES


Sou graduando do curso de administração e ao longo destes 4 anos de intenso acúmulo de informações, que geram conhecimento e nos tornam mais críticos e habilitados a dar opiniões, tomar decisões sobre diversos assuntos, pois nos tornamos generalistas, ou seja ,sabemos um pouco de cada coisa , mais nada aprofundado, me deparo com um total contra- senso do que é dado na teoria e o que é realmente colocado em prática, até mesmo pelos professores que muito falam mais pouco praticam.

Professores e alunos se enganando em sala de aula, uns fazem de conta que estão ensinando e alguns outros que estão assimilando, aprendendo alguma coisa útil, ou o que seria melhor replicando, disseminando o aprendizado, que poderia ser exercitado de diversas maneiras, prestando serviços à sociedade, comunidade local, pequenas empresas que não tenham capacidade financeira de arcar com uma consultoria especializada, aprendizagem no dia-a-dia de uma organização, não só dando oportunidades a quem já está fazendo estágio, inserido no mercado de trabalho, mas a todos os interessados.

O pior fica quando o assunto é o aprendizado em classe e a forma como os professores cobram dos alunos, se estão sabendo do assunto ou não. Através de provas que na maioria das vezes não indicam o quanto o aluno conhece do assunto, quando deveria ser avaliado aula-a-aula, sem contar os famosos “lembretes”, onde muitos professores fazem vista grossa, deixando passarem despercebidos, dando crédito aos que se utilizam desta prática, estes julgando-se espertos e sem uma punição justa fazem deste um ilícito amplamente difundido, que prejudica não só a ele, mas a todos , pois forma uma imagem de que qualquer um passa, sem mérito e competência para tal, desmotivando aqueles alunos aplicados, que realmente estudam, merecedores dos resultados obtidos, além do que trazem à tona a falta de ética, disciplina, respeito à normas, regras , leis e códigos de ética, mostrando para o mercado de trabalho um profissional mal acostumado, inseguro e sem preparo para atuar em um ambiente tão disputado.

Bons alunos são muitas vezes empurrados em direção à desobedecerem às regras, pois vêem a facilidade e preferem não ter a dificuldade de estudar ou a incerteza de tirar uma boa nota nas provas, torna-se assim um círculo vicioso, levando-os à cola, lembrete, auxílio à memória, ou como quiserem falar, sem ao menos tentarem compreender os assuntos abordados.

Há também instituições que visam só o lucro, a rentabilidade a qualquer custo, com classes abarrotadas de alunos, que se dispersam e não conseguem aproveitar, absorver o conteúdo passado em sala de aula, quando deveriam primar pela qualidade, professores capacitados e boa estrutura, gerando um melhor aproveitamento.

O certo é que perdem os alunos, professores, a instituição de ensino, a sociedade, o país, as organizações, joga-se fora bens preciosos, informações precisas, úteis, são depositadas no lixo, desperdiçadas como sucata, material sem uso, sem valor.

Mas ainda há tempo de se reverter esta situação, alunos, cobrem de seus professores, aprendizado, teoria, boas informações e não lista de presença, professores cobrem dos alunos visão profissional, foco na excelência, participação ativa nas aulas e networking , quem ainda não pensou nisto, comece a pensar e a ver a universidade com outros olhos.