27 de setembro de 2009

O LUCRO COMO COADJUVANTE NOS RESULTADOS DE UMA EMPRESA



(ESTE ARTIGO DE MINHA AUTORIA FOI ESCRITO COM EXCLUSIVIDADE PARA O JORNAL O ESTADO DE S.P - ESTADÃO)


Claro que o lucro é essencial para o bom andamento de todo negócio, empresa que vise o crescimento sustentável, aos investidores, acionistas, colaboradores e donos, mas julgo mais importante, primordial, o enfoque na excelência em tudo o que se propõe a fazer, deixando o lucro vir como conseqüente resultado da implantação de ações eficientes, pois só assim a lucratividade será contínua, crescente, levando também satisfação profissional a todos os envolvidos, por terem cumprido com os objetivos e metas.

Quando o pensamento de todo corpo diretivo e funcional dentro de uma organização converge para a mesma direção, isto é, existe uma diretriz seguida amplamente tanto pela linha estratégica, quanto pelo nível tático e operacional, a vinda dos resultados é só uma questão de tempo, pois a lição diária já está sendo feita exemplarmente, é só aguardar, óbvio, focado sempre na melhoria contínua das ações.

O sucesso empresarial depende e muito dos investimentos realizados, investimentos esses em estrutura, logística, capital humano, pesquisa, ferramentas tecnológicas, objetivando adicionar, agregar valor aos negócios, satisfazendo criteriosas exigências do mercado que hoje pede não só certificações ambientais, de qualidade, mas ações concretas, voltadas ao desenvolvimento sustentável do planeta, tendo o consumidor o dever de cobrar e valorizar as que cumprem impecavelmente com os requisitos das normas.

Uma empresa que tem projetos bem traçados, montados em consenso com as diversas áreas, dentro da realidade de sua estrutura organizacional e apóia todas as decisões estratégicas de seus membros, obtém maiores chances de desenvolver planos eficientes de manutenção e evolução da sua posição dentro de um mercado altamente competitivo e voltado às empresas que prezem o respeito, a transparência, a proximidade com o cliente, desafiando a tomada de decisões sempre amparadas e baseadas em critérios amplos de qualidade.

Muitas empresas quebram, vão à falência, não só em razão de sua baixa rentabilidade, mas também devido a não obedecer padrões, rotinas de trabalho diferenciadas e voltadas ao aprimoramento constante. Não adianta ser rentável hoje, é preciso ser rentável sempre e para se chegar a esse patamar muita coisa terá que ser feita, realizada, com uma visão a longo prazo, direcionado a práticas que levem à excelência empresarial.

Por que inúmeras empresas têm ano a ano resultados satisfatórios, crescentes, enquanto outras sucumbem e não aguentam a pressão da concorrência?

Talvez um dos motivos seja a busca excessiva por lucros, muitas vezes perdendo bons negócios, que podem ter boas chances de dar certo em um futuro próximo, em um curto prazo. Pense então em fortalecer as suas relações profissionais, faça contatos e os tenha sempre como fonte de negócios promissores, pode não ser hoje, mas quem sabe amanhã, personalize o seu atendimento, entenda que o cliente tem um tempo curto para negociar, então seja objetivo, vá direto à conversa, ao que interessa, podendo e devendo fazer outras visitas para simplesmente aumentar o nível de relacionamento, um bate-papo mais informal acerca do mercado, da concorrência, das estratégias globais, dos cenários políticos, fazendo-os ter uma boa impressão, dando credibilidade aos negócios efetuados.

As suas atividades, processos devem merecer toda atenção, desmistificando o conceito de empresa de sucesso somente aquela que contabiliza lucros exorbitantes e sem nenhum respeito às necessidades e expectativas dos clientes, pois não é de hoje que os consumidores estão mais atentos às resoluções tomadas em nome da lucratividade a qualquer preço e na hora que tiverem outras opções, tenha certeza que migrarão, deixando muitas delas que têm em sua estrutura processos burocráticos atravancando os seus negócios, a ver navios, ou seja, perdendo bons clientes para a concorrência ávida por agregar mais e mais possíveis compradores.

Haja com empatia e se coloque no lugar de seu cliente, pesquise os seus gostos, sinta o que ele dá valor e o que visa como essencial, encante-o, ofereça condições especiais a clientes especiais, como almeja ser tratado, identifique falhas no atendimento e as corrija, otimize tempo, venda com qualidade, em suma, veja o lucro não como personagem principal e sim como coadjuvante nos resultados de sua empresa.